O
jornal “O GLOBO”, do Rio de Janeiro, no seu suplemento especial da Barra da
Tijuca, bairro onde resido, publicou, em 29 de novembro passado, uma reportagem
na qual uma moça acha algumas peças de roupa no armário da avó e constata que
algumas de suas amigas estão usando roupas parecidas. É que os “looks” vintage estão
com muito cartaz com as fashionistas, contribuindo para produções com uma
pegada mais conceitual. Isto se aplica também a outros itens.
Mas alguém
pergunta: o que é vintage? De início, era um termo utilizado para designar
vinhos de uma safra excepcional, especialmente em Portugal, onde se referia
mais ao Vinho do Porto. No Reino Unido, começou-se a chamar de vintage os mais
valiosos carros antigos, até que o uso da palavra se expandiu e passou a
abranger coisas diversas entre si, como cultura, roupas, guitarras, hambúrguer,
etc. Muitos dizem que uma coisa para ser considerada vintage, tem que ter, pelo
menos, mais de 20 anos, mas menos do que um século. Caso contrário, se intitula
antiguidade...
Em 2014,
eu lancei meu segundo livro chamado “Do blues à jovem guarda”. Nele, focalizei
diversos itens considerados vintage. A começar pelos discos de vinil, passando
pelos instrumentos e equipamentos musicais da época. Também não deixei de
abordar a chamada “geração beat”, cujos principais nomes são hoje considerados
vintage. Numa referência aos anos 40, 50 e 60 do século XX, também escrevi
sobre os aparelhos de rádio, de TV, os primeiros computadores, a lambreta e a
vespa e até os primeiros automóveis fabricados no Brasil, a começar pelo
Romiseta... Em matéria de roupas, não deixei de contar uma pequena história das
calças blue jeans.
Tenho
notado uma valorização muito grande das coisas boas do passado. Este fato
mostra a boa ideia que é a realização da Expo Vintage, em
São Paulo, no sábado, 5 de dezembro de 2015.
Esses
fatos acima relatados mostram que o próximo ano será muito propício para tudo
que se relacionar com o tema vintage.
Albert Pavão – Um dos ícones da Jovem Guarda, pioneiro do rock. Compositor e cantor, é dele o sucesso de 1963 “Vigésimo Andar”, versão da música “Twenty Flyght Rock”, de Eddie Cochran, além de “Biquininho” e “Meu broto só pensa em estudar” . É autor dos livros “Rock Brasileiro 1955-65” e “Do blues à jovem guarda”. alpavao@gmail.com